segunda-feira, 19 de outubro de 2009
DE UM ANDAR NOTURNO
Tempestade, chuva oblíqua,
negreja a pradaria,
solenes sombras de nuvens
fazem-nos companhia.
De um vão entre escuras nuvens
súbito a se iluminar
a noite esgueira-se e espia
plena de luar.
Límpidas ilhas do céu,
estrelas sóbrias saúdam;
ao luar, fímbria de nuvens
em rios de prata ondula.
Alma, prepara-te, alma!
Das trevas do tempo,
irmãos de longe te acenam
com pisos de ouro.
Alma, responde ao sinal:
banha-te no espaço!
Deus guiará para a luz
teus obscuros passos.
Hermann Hesse
In: Andares
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2 comentários:
Não tem como passar despercebido diante de versos admiravéis.
Sds.
Maravilha, maravilha, Mada, que poema mais lindo,que beleza. ...Bjos.
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