sexta-feira, 30 de outubro de 2009
O C I S N E
Este sacrifício de avançar
pelos feixes do irrealizado
lembra um cisne, altivo a caminhar.
E a morte – esse nada mais buscar
do chão diariamente repisado –
lembra a sua angustia de pousar
sobre as águas que o recebem mansas
e cedem sob ele, em suaves tranças
de marolas que cercá-lo vem;
enquanto ele, calmo e independente,
segue sempre majestosamente
como ao seu capricho lhe convém.
Rainer Maria Rilke
In: Poemas
Tradução: Geir Campos
(Editora José Olympio)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Este espaço é sempre a mais doce cultura poética!
Beijos Madalena, um iluminado final de semana para ti e os teus.
Rainer Maria Rilke também faz parte da minha estante de poesia.
Um poema muito belo.
Beijos.
Postar um comentário