terça-feira, 29 de setembro de 2009
FANTASMAS
Lívidos fantasmas deslizam nas horas perdidas
Chegam à minha alma
E como sombras da noite
Levantam os meus ímpetos mortos
Desatando as ligaduras do tempo.
O luar da madrugada fria cai no meu rosto
E ilumina com branda amargura
O meu espírito que espera a hora insolúvel.
Os caminhos cobrem-se de homens que dormem na morte
E cresce no meu coração um desejo incontido
Para uma união mais forte, mais intensa e mais perfeita.
A minha pupila é banhada pela enorme lágrima
Que umedecerá o solo castigado.
A lágrima que levará ternura às existências sofridas,
A lágrima que se mudará em sangue,
Que levantará a vida morta do universo!
Nova York, 1944
Adalgisa NeryIn
in: Cantos da Angústia
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Um comentário:
texto lindíssimooooooooooooooo
amo a música que o acompanha.
Beijos...........M@ria
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