quarta-feira, 23 de setembro de 2009
COMO UM EMBALO
Fosse uma chama, crepitaria
sob meus dedos, na solidão.
Nada mais quero, nada queria.
As noites chegam, os dias vão.
Fosse uma chama, breve arderia,
brasa de sonho, na escuridão.
Já nada quero da luz do dia...
Queima uma estrela na minha mão.
Mas nada quero da luz da estrela...
(Chegam as noites, os dias vão.)
Por que sonhá-la, se vais perdê-la,
alma perdida na solidão?
Alphonsus de Guimaraens Filho
In Água do Tempo, 1976
(Minas Gerais -1918-2008)
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4 comentários:
Adorei visitar teu blog, com essas lindas poesias.
Silvia
Maravilhosa escolha!
beijos
Mais um lindo poema que você escolheu, este blogger é um dos que mais gosto, parabéns.
Abraços
Um poema excelente de Alphonsus de Guimaraens Filho. Obrigada por nos dar a conhecer este autor.
Um beijo.
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