A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

MELANCOLIA



Um vento só seca suas lágrimas frias
nas janelas. Chove.
Tristezas vagas me assolam, porém toda
a dor,
que sinto, não sinto, em mim,
no coração,
no peito,
mas sim nas gotas de chuva que escorrem.
E enxertado com minha vida o mundo imenso
com seu outono e sua noite
dói em mim como uma chaga.
Para os montes passam nuvens com úberes
cheios.
E chove.


Lucian Blaga
in: Poemele Luminii (Os Poemas da Luz), 1919

4 comentários:

Suely Ribella disse...

Cada vez que venho aqui, não quero mais sair... Teu blog é Lindíssimo!
Bj!

Fernando Campanella disse...

Tem toda razão a Sue, Mada, blog lindíssimo. Muito bonitos os versos de Lucian Blaga. Parabéns por tanta maravilha, querida. Bjs.

Sight disse...

Subscrevo os comentários acima...

Este blog é uma baía serena, sempre cheia de brilho... onde me recolho e disfruto!
Obrigado por partilhar essa imensa paixão pela Literatura.
Bjs

Úrsula Avner disse...

Querida Madalena, bela postagem, belo poema. A chuva e sua propriedade de encantar o poeta e lhe conceder versos que choram beleza. Bjs.