sábado, 4 de julho de 2009
'SOFISMAS'
Às vezes
eu sou chuva
e escorro pelas valas
da desilusão.
Às vezes
sou vento
e percorro alamedas
inutilmente.
Por que sou chuva?
Por que sou vento?
Por que reclamo poemas?
cânticos tão verdes?
se já sou inverno
a entoar hinos de hosana
entre folhas secas
pisadas
machucadas demais
para inventarmos outra igual.
Alvina Nunes Tzovenos
Palavras ao Tempo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido quem o disse foi Fernando Pessoa.
Nunca se é tarde para Vento ou Chuva, nunca nunca será tarde para ser um Poema!
Abraço
Postar um comentário