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Preciso que um barco atravesse o mar
lá longe
para sair dessa cadeira
para esquecer esse computador
e ter olhos de sal
boca de peixe
e o vento frio batendo nas escamas.
Preciso que uma proa atravesse a carne
cá dentro
para andar sobre as águas
deitar nas ilhas e
olhar de longe esse prédio
essa sala
essa mulher sentada diante do computador
que bebe a branca luz eletrônica
e pensa no mar.
Marina Colasanti
2 comentários:
Que belo este poema de Marina Colasanti, não o conhecia!
beijos Madalena
Em primeiro lugar quero parabenizá-la pela delicadeza e sensibilidade com que seleciona os textos e imagens do seu blog.
Realmente foi dificil escolher um para comentar. Mas como sou apaixonada pela Marina C. não resistir. Também tenho um blog e desde já te convido a conhecer.
Bjs
p.s. voltarei por aqui mais vezes....
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