quinta-feira, 26 de junho de 2008
"Febre"
Derramarei na taça ardente
Os sonhos, a morte, a vida
Mil pensamentos perdidos
Mil ecos e canções tristes
A juventude esquecida.
Derramarei na taça quente
O veneno mortal das serpentes
Ou o néctar fresco das flores?
Qual poção mágica e fria
Refrescará a dor latente?
Que caminhos entrelaçados
Conduzirão, inexoráveis
A beber do amor fervente?
Talvez o sono seja o meu socorro.
E, então, consiga repousar
O coração que sente
Tanto, tanto
Que , quem sabe arrebente
Ao sorver da taça ardente.
Vera Muniz
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