sexta-feira, 11 de abril de 2008
Minha tristeza – chama indefinida
Que ilumina e me queima, num momento,
trazendo cinzas para a minha vida,
a amargura vida de meu pensamento.
Sombra – nem foges numa luz, perdida.
E a tua voz é como um som nevoento,
vago, a dizer a história comovida
do meu tormento, desse vão tormento.
Lembras, às vezes, a linguagem vaga
(onde histórias mais líricas e belas?)
que o céu murmura e que a distância apaga.
Que o céu também possui seus pensamentos,
e eles são as irônicas estrelas
na linguagem dos crivos sonolentos...
Emílio Moura
1923
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