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Vozes ideais e amadas
daqueles que morreram, ou daqueles que estão
perdidos para nós como os mortos.
Às vezes, em nossos sonhos, elas falam;
às vezes, em nosso pensamento, o espírito as percebe.
E, com seu sussurro, por um momento voltam
ecos da primeira poesia de nossa vida —
como, na noite, música longínqua que se extingue.
Konstantinos Kaváfis
in‘Poema’
Tradução, estudo e notas
de Ísis Borges da Fonseca. São Paulo, Odysseus, 2006.
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