diante da porta ou diante do caminho.
E que ninguém me siga na passagem.
Não tenho companheiros de viagem
nem quero que ninguém fique ao meu lado.
Para passar, exijo estar sozinho,
somente de mim mesmo acompanhado.
Mas caso me proíbam de passar
por ser eu diferente ou indesejado
mesmo assim passarei.
Inventarei a porta e o caminho.
E passarei sozinho.
Lêdo Ivo
em "O Rumor da Noite"
Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro - 2000.
2 comentários:
Este poema me sugeriu algo a mais que o desabafo de um coração independente, livre para ser e viver o que quizer e a nada pertencer. Me fez pensar, sabe, que o destino de cada um a cada um lhe pertence, que ninguém é de ninguém ainda mesmo se houver amor recíproco.
SOMOS ARQUITETOS DE NOSSO PRÓPRIO DESTINO.
Beijos
Oi, que lindas essas palavras de Ledo Ivo.
Abraço
Postar um comentário