tiranizou o caminho.
A solidão povoada como um sonho
remanseou-se ao redor do vilarejo.
Os cincerros recolhem a tristeza
dispersa dessa tarde. A lua nova
é um fio de voz que vem do céu.
Conforme vai anoitecendo
volta a ser campo o vilarejo.
O poente que não cicatriza
ainda fere a tarde.
As cores trêmulas se acolhem
nas entranhas das coisas.
No aposento vazio
a noite fechará os espelhos.
Jorge Luís Borges
Um comentário:
Oii linda...
Não me contive e olha eu aqui outra vez...
Dessa vez eu devo confessar que chorei ao ler seu novo post...
A música de fundo e as palavras tão delicadas e doces me fizeram viajar por dentro do meu coração, arrancando lágrimas dos meus olhos, eh como se eu estivesse entrado na foto da paisagem e me perdido lá dentro!
Essa parte então:
"O poente que não cicatriza
ainda fere a tarde.
As cores trêmulas se acolhem
nas entranhas das coisas.
No aposento vazio
a noite fechará os espelhos."
bateu fundo, na alma...
Que maravilhoso eh o teu blog, parabéns!
Bjinhos*
*...Butterfly...*
Ah! e mto obrigada por me seguir, eh um prazer tê-la em meio aos meus seguidores!
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