nessa taça com a qual brindamos
todas as formas de desatino?
O que nela se esvazia
somos nós vazando
matéria e energia?
Ou tudo é passagem secreta
a dimensões inéditas
onde nos dispersamos?
É grave ação da gravidade,
submersa gramática de pecados
ou música incandescente,
o som das sílabas
espalhadas em cacos pelo chão?
José Antônio Cavalcanti
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