A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Improviso

P/Paul Valéry

Se este silêncio da hora infindo se tangência
destas águas finórias, reterá renúncias,
destes viços soçobram honrarias das ondas
do lascivo marulho há esvaído desta praia.

Do silêncio, minha hábil voz vê-lhe fremir
se do pétreo do tempo hoste emigrado pássaro
deste fugido fátuo habitante oceânico
da sôfrega vertigem, habitat liberto.

Esta efígie do ecoar há de espraiar-se do céu
ressoar o murmulhar havido marinheiros
destas nuvens, folhagens, hábito não pesa.

Desta marmórea estátua valor heteróclito
ébrio clamor do voo vicários dos sombrios
velar marinhos hábitos destes terrestres.

Eric Ponty
(Do blog do autor)

Um comentário:

Sarah El Khouri disse...

Liindo. Os poemas que tocam sua alma são realmente fortes e belos. Parabéns pelo blog.
Beijos.