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Na palma do vento
pouso a fronte. Nele confio.
A quem confiaria senão a ele
este rude labor?
Abandono-me à tormenta
(lumes mastros
gaivotas do mar próximo).
Enreda-me a noite.
Mas dele são os dedos leves
que me fecham os olhos. E é manhã.
Dora Ferreira da Silva
In: Poesia Reunida
Jardins (esconderijos) 1979
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