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À noite, seguimos descuidados,
a vida é solta, árvores nítidas de aromas,
flores tão lágrimas de orvalho.
À noite sonhamos em um céu de metáforas
onde a meia-lua é unha que arrepia segredos,
estrelas são hangares pequeninos,
a sombra, um lobo bom que nos acolhe.
À noite, rompemos degredos,
volvemos aos ninhos,
somos meninos -
infância distraída de seus medos.
(F. Campanella)
*
Fotografia de F. Campanella
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