sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
POEMAS DO VENTO
Gastar-se no tempo
diluir-se no vento
evolar-se no sonho
deixando
- haverá quem o colha? -
um resíduo...
Memória.
Levarei por onde ande
uma inquietação mais nada
impulso vital que extingo
dentro de um pouco de lama.
Tal que o vento que baila
fazendo seu corpo efêmero
com a poeira das estradas...
Menotti Del Picchia
(São Paulo- 1898-1988)
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