sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
No meu peito a ferida torna a abrir
quando as estrelas caem e se tornam parte do meu corpo
quando o silêncio cai abaixo dos passos dos homens.
Estas pedras afundando-se no tempo, até onde me
irão arrastar com elas?
O mar, o mar, quem o pode esgotar?
Vejo a cada madrugada mãos acenando ao vulto e ao
falcão
atado como estou à rocha que o sofrimento tornou minha,
vejo árvores respirando a serenidade opaca da morte
e os sorrisos - nunca inteiros - das estátuas.
Yorgos Seferis
Tradução:Tatiana Faia
in: Collected Poems (1922 - 1955)
Edmund Kelley e Philip Sherrard,Princeton University Press, 1971.
(Grécia-1900-1971)
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4 comentários:
Lindo poema!!!
"No fim tu hás de ver que as coisas
mais leves são as únicas que o vento
não conseguiu levar:
um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia
o próprio vento"
(Mário Quintana)
Desejo um lindo final de semana com muito amor, paz e carinho.
Abraços com todo meu carinho.
Achei o poema maravilhoso, mas não conheço a poesia de Yorgos Seferis. Obrigada.
Beijos.
Oi amiga, mais um belo poema postado. Só hoje tive tempo de postar o desafio de completar as 5 frases que você me propôs. Quando puder visite o Sempre Poesia e comente . Obrigada pelo carinho. Bj.
MADALENA,
LINDO!!COMO TUDO AQUI SEMPRE ENCANTADOR!!
TIVE DE ME AUSENTAR, MAS MEU RETORNO TALVEZ ACONTEÇA UM DIA E IREI A SUA PROCURA.
VIM MATAR AS SAUDADES E DESEJAR UMA SEMANA MARAVILHOSA A VOCE!!
UM GRANDE BEIJO,
REGGINA MOON
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