sábado, 28 de novembro de 2009
A vida para
Agora a vida é que para,
e humildemente te fitas.
Que mortas águas ascendem
à flor do tempo. Que face
ou simples lembrança de algo
compõe a máscara imóvel
que te olha e cala. Silêncio.
Quem és tu que não te sentes,
em ti, no ar, no horizonte,
nesta órbita, ou naquela?
És eco apenas. A face
de tudo em nada. És o antes,
sem depois.
Emílio Moura
in Itinerário Poético
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3 comentários:
Lindíssimo poema !!!!
"... E de novo acredito que nada do que é
importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares
Abraços com todo meu carinho.
Um lindo domingo com muito amor e carinho
Belos poemas do Emílio Moura, minha querida amiga, assim como o do Hesse, e da Ana Martins que postaste aqui. Belas fotos, bela alma a tua, sempre antenada para a beleza, venha ela de onde vier. Ótimo domingo pra ti, com muita serenidade e poesia. Bjos.
Belo e profundo poema em sua mensagem existencial ! Bj.
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