A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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sábado, 28 de novembro de 2009

A vida para



Agora a vida é que para,
e humildemente te fitas.
Que mortas águas ascendem
à flor do tempo. Que face
ou simples lembrança de algo
compõe a máscara imóvel
que te olha e cala. Silêncio.
Quem és tu que não te sentes,
em ti, no ar, no horizonte,
nesta órbita, ou naquela?
És eco apenas. A face
de tudo em nada. És o antes,
sem depois.


Emílio Moura
in Itinerário Poético

3 comentários:

EDUARDO POISL disse...

Lindíssimo poema !!!!

"... E de novo acredito que nada do que é
importante se perde verdadeiramente.
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas,
dos instantes e dos outros.
Comigo caminham todos os mortos que amei,
todos os amigos que se afastaram,
todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada,
apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Miguel Sousa Tavares

Abraços com todo meu carinho.
Um lindo domingo com muito amor e carinho

Fernando Campanella disse...

Belos poemas do Emílio Moura, minha querida amiga, assim como o do Hesse, e da Ana Martins que postaste aqui. Belas fotos, bela alma a tua, sempre antenada para a beleza, venha ela de onde vier. Ótimo domingo pra ti, com muita serenidade e poesia. Bjos.

Úrsula Avner disse...

Belo e profundo poema em sua mensagem existencial ! Bj.