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De tanto perder lembranças
relembrar deixou-me assim:
deslembrado de esperanças
que se esqueceram de mim.
Perdi os passos das danças
entre andanças do sem-fim
como os olhos das crianças
nos olhos de um querubim.
Um dia eu quis te esquecer
ô, rosa! – meu bem-querer
entre os espinhos da sorte.
Mas fui canto e passarinho
no aconchego de teu ninho
onde me esqueci da morte.
Afonso Estebanez
(Out.05.2008)
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