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A chuva parou
o vento sossegou
as flores dispersas
caídas
na terra fermentada pelo mistério da luz
a metamorfose da alma
chega perto do fim -
nasce uma chama no horizonte
da noite
ao encontro da pequena morte
oculta na matéria escura
a coragem de suportar
intangível
o sofrimento
reflecte uma inquitação
que se repete pela manhã
e sempre
ocorre
uma dúvida permanente -
o olhar vazio
na expressão facial
além do limite
urbano
da grande cidade
interroga-se
? será que está próximo
o nosso único destino?
assim corre o tempo
e o pensamento
todos os dias perto do fim...
João-Maria Nabais
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