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Hora crepuscular. Soluça a voz dolente
das ondas, no sereno e doce marulhar:
Um fluído de tristeza infiltra-se no ambiente,
sombrio véu confunde a transparência do ar.
Longe do mundo vão e ao mundo, indiferente,
fito os olhos no abismo insondável do mar
e, enquanto o vento agita a espuma alvinitente,
minh’alma ascende à esfera estranha e singular ...
Desce a noite. Através das sombras, surge a lua.
Lá longe, no alto mar, um barquinho flutua
e o barqueiro, saudoso, entoa uma canção.
Emiliana Delminda
in 'Folhas Caídas'
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