terça-feira, 16 de setembro de 2008
" ASAS "
O que torna mais triste o céu sangrento
ao pôr-do-sol, são as partidas, são
os adeuses dos pássaros ao vento,
numa incerta e fugaz palpitação.
Ah! Quantas vezes, no apressado ou lento
voejar de aves que vêm e aves que vão,
tocam-se duas asas um momento
e afastam-se em contrária direção . . .
Também os nossos corações, um dia,
se encontraram: no ocaso rubro ardia
o incêndio dos amores imortais.
E - asas, na tela acesa do sol poente -
um no outro eles roçaram levemente,
para não se encontrarem nunca mais!
Heitor Lima,
São Paulo de Muriaé,Estado de Minas.
(1887-1945 )
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2 comentários:
Gostaria de saber o poema A morte do saltimbanco ,sera possivel?
Grata
Não sei quem você é, não teve a gentileza de se identificar, mas como amo a poesia e tenho alguns livros de Heitor Lima, vou copiá-la e postar para você ler.
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