de vê-la cair. Também meu corpo me dispensa
de vê-lo, em sua queda: chuva breve
que escorre, sobre as rugas do tempo.
Sou uma luz provisória, prometida
à chuva que cai, ao rigor
da pedra e do vento, à escuridão
que não se apaga mais.
Rio, 23/1/84
Hélio Pellegrino
in Minérios Domados
2 comentários:
O Hélio Pellegrino precisa ser revisto, reavaliado, redimensionado pela crítica literária. Grande poeta, e este poema é belíssimo, uma técnica refinada a serviço de uma mensagem profunda. Gostei muito.
Um poema lindo, perfeito para este dia de chuva que faz por aqui. O frio vem chegando rápido!
beijos
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