A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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terça-feira, 5 de novembro de 2013

''SONETO MELANCÓLICO''


    Quando o teu sol de luar de ti se esquece,
    e seus raios, ausentes, se consomem
    sobre o pesar, a nódoa, o abismo e a prece
    da minha obscura circunstância de homem;

    ou quando a sombra do teu dedo cobre
    a minha estrada e a minha sede antigas,
    e o teu rumor lava o meu mundo pobre,
    com arco-íris, ovelhas e cantigas;

    ou, no ar, a tua forma transeunte
    relâmpagos escreve, e frutos, e ondas,
    não sei o que suplique, nem pergunte,

    e bebo o escuro do silêncio aberto,
    por temer, ó manhã, que me respondas
tua escada de fogo e o meu deserto.

Abgar Renault
Obra Poética – 1.990 -

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