A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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sábado, 16 de novembro de 2013

"roça"


saber que o horizonte
não tem fim
e continua se abrindo
através dos silêncios


e as árvores permanecem
protegendo os segredos
que se espalham
horizonte afora


perceber que a terra
viceja sob mãos ásperas


e se desvenda devagar
para as águas mais fundas
constroem se raízes
que se entrelaçam lentamente
para sustentar cada manhã
e nutrir os dias
em silêncio



Adair Carvalhais Júnior*
*Mineiro de Governador Valadares, graduado em História e Direito e mestre em Filosofia pela UFMG.

[(Tela by Benjamin Parlagreco (1856–1902)]

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