A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O JUNCO

Fazia já algum tempo
o junco no seu íntimo chorava em silêncio
Deve ter sido numa daquelas noites
Ele soube que todo o seu corpo estremecia

Não era o vento, nem o luar
O junco nunca sequer imaginou
que era o seu pranto silente a sacudi-lo

Nunca soube
que viver era
um pranto, secreto e silencioso


SHIN GYÓNG-RIM
(1935), poeta coerano.
'O Pássaro que Comeu o Sol' Poesia Moderna da Coréia. Pau-Brasil, São Paulo, 1993.
Tradução: Yun Jung Im

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