sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
''A montanha''
(Para Olavo Bilac, que faria hoje 146 anos)
Calma, entre os ventos, em lufadas cheias
De um vago sussurrar de ladainha,
Sacerdotisa em prece, o vulto alteias
Do vale, quando a noite se avizinha:
Rezas sobre os desertos e as areias,
Sobre as florestas e a amplidão marinha;
E, ajoelhadas, rodeiam-te as aldeias,
Mudas servas aos pés de uma rainha.
Ardes, num holocausto de ternura...
E abres, piedosa, a solidão bravia
Para as águias e as nuvens, a colhe-las;
E invades, como um sonho, a imensa altura,
- Última a receber o adeus do dia,
Primeira a ter a bênção das estrelas!
Olavo Bilac
In ‘Tarde’ (1919)
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2 comentários:
Como sempre um magnífico texto!
Aqui deixo os meus votos de um Feliz Natal...porque o Natal está em nós!
Façamos de nossa vida uma extensão da noite de Natal,
renascendo continuamente em amor e fraternidade.
Natal, noite de alegria, Canções, festejos, bonança.
Que seu coração floresça Em amor e esperança!
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