A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"Crânios humanos somem..."

Crânios humanos somem pilha a pilha,
onde, invisível, mínguo na distância,
mas num bom livro e em jogos de criança,
direi, ressuscitando, que o sol brilha.

Vorôniej, maio de 1935

Ossip Mandelstam,
In:Cadernos de Vorôniej

3 comentários:

Sarah El Khouri disse...

Poema interesante esse de Ossip Mandelstam. Lembrei-me de um poema deste autor tão interessante quanto :"Roubar-me os mares..."

Roubar-me os mares, ares, vôo, tolhendo
meus pés na terra atroz – foi o bastante?
Mas, malgrado o teu cálculo estupendo,
não me arrancaste os lábios murmurantes.
Abração e até mais.

Maria Madalena Schuck disse...

Muito grata por tua presença estimada Sarah, muito me alegra.
'Roubar-me os mares', é justo a postagem anterior!
Gosto demais desse escritor russo, que conheceu as agruras da perseguição não só judaica como a de livre expressão artística.

"Ajuda-me Senhor! A chegar à madrugada,
Temo pela tua escrava, pela vida...
A noite em Petersburgo é no caixão dormida.
(Outubro de 1931)
Óssip Mandelstam

Marcela disse...

Nossa, me tocou tão belas palavras! numa tarde de muito sol e seca aqui em Brasília, nada melhor do que adocicar as horas com textos como os do seu blog. visitarei aqui sempre que puder.