Cada um se desmembra em seu mar
e veleja para longe.Cada um ama
seu momento de ternura - e concebe
(faz) doçura e solidão.
Cada um leva seu recado
em si. Cada um se perde
em seu mar.Cada um é
de nascença (sem jeito) só.
Cada um morre em seu mar
deslumbra e vagalumbra, voga
em si.Cada um veleja
em sua carne - e colhe a flor
de pátina (nuvem) sideral.
Cada um sofre - e é seu mar
azulcomposto imensos sais
e clarabóia.
Cada um colhe (em seu mar)
embarcações - e segue
sua rota, seu ritmo, seu rincão.
Cada um se despedaça em seu mar
e morre naufragado.Cada um
se perde em um só mar
múltiplo de si (na) solidão.
Álvaro Pacheco
In A Balada & Outros Poemas
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