A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

Seja bem-vindo. Hoje é
Deixe seu comentário, será muito bem-vindo, os poetas agradecem.

domingo, 21 de abril de 2013

"O verbo"




 

“Quod non mortalia pectora coges, auri sacra fames!”
Virgílio (Eneida, 3. 56-57)*


Esfera azul, jóia imensa,
solitária Terra-Mar,
até quando irás girar?
Um verme voraz te permeia
e a febre que desencadeia
está por te devorar.

Circula nas veias do homem,
mina-lhe os campos da paz.
O verbo vil da avareza
cria esse verme voraz.

Quem poderá salvar-nos
desse mal que nos infesta?
Ah, ânsia de ter e mais ter -
febre funesta -
que apenas no homem
se manifesta!...

Sérgio Sersank
de "Estado de Espírito"
 

* Execrável fome de ouro, a que desgraças conduzes os peitos mortais!

[Ilustração retirada do Google Imagens]

Nenhum comentário: