A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quinta-feira, 4 de abril de 2013

-Eduardo Carrnza -





De tudo aquilo restou-me um esquecimento
como um perfume transparente e vago.
E assim posso dizer que o respiro
como a um perfume.

De tudo aquilo restou-me um vazio
como um verso, de súbito, esquecido.
E assim talvez de repente o recorde
como a uns versos.

De tudo aquilo restou-me uma lua
secreta, lentamente evaporada.
E assim é possível que uma tarde volte
como a lua.

De tudo aquilo restaram-me sonhos,
sonhos, sonhos, que o tempo esfuma
E já não sei se aquilo foi sequer
como os sonhos.


Eduardo Carranza
In: Antologia Poética

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