E assim posso dizer que o respiro
como a um perfume.
De tudo aquilo restou-me um vazio
como um verso, de súbito, esquecido.
E assim talvez de repente o recorde
como a uns versos.
De tudo aquilo restou-me uma lua
secreta, lentamente evaporada.
E assim é possível que uma tarde volte
como a lua.
De tudo aquilo restaram-me sonhos,
sonhos, sonhos, que o tempo esfuma
E já não sei se aquilo foi sequer
como os sonhos.
Eduardo Carranza
In: Antologia Poética
Nenhum comentário:
Postar um comentário