A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 26 de junho de 2011

O homem de neve

É preciso ter uma mente de inverno
Para observar a geada e os ramos
Dos pinheiros de neve encobertos:

E ter estado frio por um longo tempo
Para contemplar os zimbros densos de gelo,
Os abetos ásperos no brilho longínquo

Do sol de janeiro; e não pensar
Em aflição alguma ao som do vento,
Ao som das folhas escassas

Que é o som da terra
Repleta do mesmo vento que sopra
naquelas mesmas regiões desfolhadas

para o que escuta, o que escuta na neve,
e, nada em si próprio, nada contempla
que lá não se ache, mirando o nada que lá está.

Wallace Stevens
Tradução de Fernando Campanella

2 comentários:

LIFE - Amigas da Leitura disse...

que lindo esse poema!

amei seu blog, seu espaço é lindo!!

Eu iniciei um blog recentemente, a pedido da faculdade para postar uns trabalhos de literatura. Mas eu e minha cunhada resolvemos tocar pra frente.
Então resolvi postar um poema que escrevi para um Festival de Poesias e que foi selecionado.

Gostaria muito que você pudesse dar uma olhada e se possível pudesse fazer alguma consideração.

Ficaria mto grata.

Um grande abraço e parabéns mais uma vez pelo lindo blog!

Nanda Berthoud

Carlos Leite disse...

"para o que escuta, o que escuta na neve,
e, nada em si próprio, nada contempla
que lá não se ache, mirando o nada que lá está."


Gostei imenso da forma como se exprime e transmite as suas ideias! Parabéns pelo blog.
Gostei, de todo o poema, mas especialmente deste verso.
Agora, irei continuar a ler o resto do blog!
Atenciosamente,
Carlos Leite, http://opintordesonhos.blogspot.com