A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 5 de junho de 2011

INFÂNCIA


Névoa encostada na janela,
qualquer coisa roçando o telhado:
o medo me contornava
- talvez simplesmente o vento.

A escada da sombra, a aventura
dos degraus, na curva de madeira
os passos de quem não vinha
- ou de um coração atento.

Longas rosas de longa paciência,
os silêncios e os prantos;
alguém arranhando a parede
- ou eram apenas lembranças?

Algo sempre em movimento:
a vida arrastando as pantufas
nos corredores do tempo
- fiquei esquecida num canto?


Lya Luft
PARA NÃO DIZER ADEUS