A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

SOB O ATLÂNTICO*

Espantar,
enquanto possível,
os olhos
da própria morte.

Lamber,
ainda que azedos,
os frutos
da própria sorte.

Distribuir
abraços pesados,
recolher
os fardos do incrível.

Não é um dever
menor que o ser:

Há sempre a certeza,
Plácida, permanente certeza,
de encontrar a paz.

(Nos braços verdes do Atlântico)


*Jairo De Britto,
em "Dunas de Marfim".

Um comentário:

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Maria Madalena: lindíssimo poema - um viver livre no redemoiinho das nossas vulnerabilidades.
Abraços com carinho, Jorge Bichuetti
www.jorgebichuetti.blogspot.com