esboçadas em areias onde a lua se despenha
quando o momento é propicio ao silencio das águas.
Um denso azul cresce em espuma
sobre os lábios inacessíveis à passagem
dos mastros assombrados.
Procuro o teu corpo.
Um percurso de repteis contaminou-me o ventre.
Para resistir à morte rastejo pela noite
em busca das sombras que se transfiguram em aves.
Procuro o teu abraço.
Graça Pires
In: A incidência da luz
Um comentário:
Adoro esse tipo de poema. Faz bem a alma ao lê-lo.
Stéfano,
www.poetaseletras.blogspot.com
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