A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Outono

uma aragem
uma estação
um rito de passagem...
um cão sem pelo
...em cima do muro:
não é lava nem gelo
nem claro nem escuro
uma luz quase sedada
em transição
(as árvores confrangem;
os ursos já estendem
suas camas)
um sopro
esta alma esvoaçada
um verso
uma folha de mim
à tua janela
deixada.

Fernando Campanella

3 comentários:

Dione Coppi disse...

Ah!Que lindo!!
Estou levando para o Gotas.
Beijos

Maria Madalena Schuck disse...

Dione,
que bom que levas uma pérola de nosso amigo!
Sempre sou eu que vou lá no teu blog trazer algo lindo para cá!
Obrigada,
Beijos

Úrsula Avner disse...

Olá Maria,

Gosto muito dos poemas do Fernando e este é belo ! Bj.