domingo, 2 de novembro de 2008
Vem cá meu coração, ó velho amigo
vamos ao cemitério, hoje é finados.
tantos sonhos nós temos sepultadinhos,
sonhos de amor que já sonhei contigo!
e partimos os dois, ele comigo
levando-me à necrópole, chegados,
encontrei meus castelos soterrados
não vi sequer um único jazigo.
o campo-santo era um jardinzinho florido..
só flores! e eu incrédulo e aturdido
indago ao coração, ele medita
e responde num tom de quem não era:
cada flor que tu vires sobre a terra
é uma ilusão de amor que resssucita.
Paulo Fénder
(1912-1981)
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