A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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sexta-feira, 28 de novembro de 2008



Escrevo, triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei. E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes, a fome de dizerem-se de milhares de vidas, a paciência de milhões de almas submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem vestígios. Nestes momentos meu coração pulsa mais alto por minha consciência dele. Vivo mais porque vivo maior.

(Bernardo Soares)
(Heterônimo de Fernando Pessoa)

2 comentários:

Dalva Nascimento disse...

Oi, querida Madalena... Nossa! Fantástico texto do Pessoa, ao som do violino do Stern, com essa imagem belíssima! Sempre é muito bom vir aqui, e ler poemas de qualidade ao som de música de primeira!

Bjs, e linda semana prá ti!

reginahelena disse...

Amiga, seu blog está emocionante. Cada dia mais lindo! Parabéns!