quinta-feira, 6 de setembro de 2007
AUSÊNCIA
I
Para atenuar esta saudade longa,
acendo o aroma de um cigarro inglês.
Pelo ar, a noite longa se prolonga
com a paciência doentia de um chinês...
II
Que saudade de ti, que estás distante,
tão distante, mas tanto, que parece
que estás doente, quase agonizante...
E, porque estás agonizante,
minha saudade toma a forma de uma prece...
III
Fecha os teus olhos tristes, para que eu
não chore ao vê-los! Não desejo vê-los!
Cobre-os na noite azul dos teus cabelos...
Apaga o olhar... pensa que ele morreu...
Fecha os teus olhos e olha para dentro
de ti mesma... Que vês? Ninguém? – Ninguém.
Mas ai de mim, que nunca me concentro,
para não ver, dentro de mim, alguém...
Onestaldo de Pennafort-Brasil-
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