segunda-feira, 23 de setembro de 2013
"As estrelas do lago'
Havia, ontem à noite, tanta estrela
A tremer, a luzir n’água do lago,
Que eu pensei que era o céu
Que, por artes de algum mago,
Tinha descido à terra, de repente! ...
Parei-me junto ao lago, contemplando ...
E as estrelas, uma a uma,
Como espuma,
À flor d’água tremiam, refulgiam ...
Mas pouco a pouco foram reduzindo
O seu brilho,
E desapareceram ...
Olhei o céu: Lá estavam todas elas
A tremer, a brilhar! ...
Por certo riam
Da minha ingênua confusão ...
Que importa! ...
As estrelas do céu também se apagam.
Terra e céu cabem juntos
Dentro do mesmo sonho e da mesma ilusão ...
Emilio Kemp
in ‘Cantos de Amor ao Céu e à Terra’
(1873-1955)
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Um comentário:
Olá! Que encantado o teu poema! Me soa algo muito estelar, assim como meu mundo cintilante de estrelas!
Tenhas uma maravilhosa semana.
Fica com Deus!
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