A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

Seja bem-vindo. Hoje é
Deixe seu comentário, será muito bem-vindo, os poetas agradecem.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

''Beira mar''



Tardinha. Á débil luz do sol que já declina
e se esconde por traz das montanhas distantes,
toda a linda avenida esplende e se ilumina
de estranhos, orientais, imprevistos cambiantes.

E é desde Botafogo, a indolente e divina,
e o Russel e o Flamengo em luzes cintilantes,
até onde a Avenida esplêndida termina,
todo um grande fulgor de apoteoses flamantes.

Pelos lindos jardins abrem-se as azáleas.
Começa a despontar a luz do luar medrosa....

E, ao crepúsculo triste, um som de piano evoca
tênues, meigas, subtis, inefáveis ideias,
como que, a me prender, feminina e amorosa,
a sedução sem fim desta terra carioca....


  José de Mesquita,
“Paisagens Cariocas”, Da Natureza - em "Poesias".
Cuiabá, 1919.

Nenhum comentário: