A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Olhar concebido

Disneylândia girando nos olhos distraídos
desbotando retratos, palavras expostas.

Fita embalada enfeita o mundo complexo.
(perfeito laço
com grandes lapsos)

Estante congestionada de livros lidos por olhos famintos.

Nada entendeu
repensou a modernidade
envenenada
reverso maldito somente
mal dito
pelo silencio em tributo.

Conversão de sonhos espalhados em alguma alma
(êxtase antigo)
entender é o machado decepando
prazeres.

Nada de novo nem por instantes, mas repare
ao menos em tudo
o florescimento constante das flores.

Montes, campos, concretos.
Farol de sementes
para canteiros certeiros
vento chora
naufrágio imaginário
no presente.

Corte rente....

Tudo pode estar oculto da razão
que sonha com a vastidão em palavras,
meras palavras criadas.

Correntes.

Nascente floral
mais que os olhos podem conceber.

Aharon

2 comentários:

Anônimo disse...

Maria Madalena estou lisonjeado por estar em seu blog com poemas selecionadíssimos. Faltam palavras reais para agradecer quando a emoção fala muito mais. Abraços poéticos!

Adriano Wintter disse...

Belo poema, Nelson! Merece mesmo estar aqui! Gipuf, chaver!