sexta-feira, 30 de setembro de 2011
AVARENTAMENTE
Avarentamente
a vida nega, a vida
se retrai, se esquiva.
Quem pudera em frente
ver a luz perdida
onde, em recidiva,
tudo se renova
para novamente
murchecer, cair
no que a vida prova
ser o que há de vir,
mas sustém-se ausente.
A luz nunca tida...
Nunca tido encanto...
Avarentamente
se retrai a vida
prometendo tanto
lá bem longe, em frente,
que no ser cansado
de uma espera aflita
há um sol frustrado,
uma luz que grita,
um doer pungente,
infinitamente...
Alphonus de Guimaraens Filho
In: O tecelão do Assombro
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3 comentários:
Avarentemente: poema complexo de um coração acadêmico na ressonância de toda a luminância. Lindo, muito lindo.
"Desejo que você tenha no olhar,
o encantamento da vida.
Que você tenha no coração
a plenitude do amor.
Que você acredite
na grandeza de Deus,
no destino do mundo,
na beleza da vida,
nos sonhos, na esperança e
viva com paz e amor.
Muita luz e paz no seu Fds!!! M@ria
Muito bonita esta escolha... tudo se renova!
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