A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

CANÇÃO DO INVERNO

Faz tempo que cai
a chuva cinzenta
no longo vazio
da rua onde, lenta,

minha alma vai
como nevoenta
brisa em que se embala
a chuva cinzenta.

E faz-se a canção
do inverno assim:
com as cinzas da chuva
e o frio de mim.

Ruy Espinheira Filho
In Sob o Céu de Samarcanda

Um comentário:

Smareis disse...

Que linda canção poética. Minha alma vaicomo nevoentabrisa em que se embalaa chuva cinzenta.Adorei os versos. Gostei muito do seu blog e estou seguindo. Convido a conhecer meu blog, e siga-me se gostares. Um abraço!

Smareis