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(Bouquet of spring flowers, Renoir)
Tua beleza, inconsciente de si,
Me puxa em seus encantos
Para o seu leito.
Mas o que fazer de tua beleza
Senão armá-la em vaso
Para nutrir a mesa?
(Senão sofrer/gozá-la em doses
de solidão noturna e densa?)
Como um jardineiro de ventos
Prefiro ver-te
Hera galgando muros
Erva tecendo pastos
Ou aérea flor da memória.
Amar tua beleza , não mais,
Como cor que não apreendo
Rio que não estanco
e que passa.
(F.Campanella)
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