Os soluços longos
dos violinos
pelo outono
Machucam meu coração
Em uma lânguida
Monotonia...
Todos os sufocantes
E pálidos, sons do tempo.
Quando
Lembro-me dos
Velhos tempos
E eu choro.
E eu vou,
Ao vento doente
Leva-me para
Aqui e acolá,
Como faz a
Folha morta.
Paul Verlaine
(Tradução sem pretensão)
Paul-Marie Verlaine nasceu em Metz, França, em 30 de março de 1844. Filho de um militar abastado, estudou no Liceu Bonaparte -- hoje Condorcet -- de Paris e mais tarde conciliou o trabalho numa companhia de seguros com a vida boêmia nos círculos literários parisienses. Em seus primeiros livros, Poèmes saturniens (1866; Poemas saturninos) e Fêtes galantes (1869; Festas galantes), ouvem-se ecos do romantismo e do parnasianismo.
Simbolista, seu lirismo musical abriu novos caminhos para a poesia na França.
O lirismo musical e evanescente de Verlaine exerceu influência decisiva no desenvolvimento do simbolismo e abriu novos caminhos para a poesia francesa. Com Mallarmé e Baudelaire, Verlaine compõe o grupo dos chamados poetas decadentes.
Os vários livros de poemas que se seguiram apenas ocasionalmente recuperaram a antiga magia, como Amour (1888).
Da produção posterior de Verlaine, o que mais se destaca são os textos em prosa, como o ensaio Les Poètes maudits (1884; Os poetas malditos), vital para o reconhecimento público de Rimbaud, Mallarmé e outros autores, e as atormentadas obras autobiográficas Mes hôpitaux (1892; Meus hospitais) e Mes prisons (1893; Minhas prisões).
Paul Verlaine morreu em Paris em 8 de janeiro de 1896.
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