A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Texto de "Alegrias de Joana", Clarice Lispector

Margarida a Violeta conhecia,
uma era cega, uma bem louca vivia,
a cega sabia o que a doida dizia
e terminou vendo o que ninguém mais via...

como uma roda rodando, rodando, agitando o ar e

criando brisa.

Mesmo sofrer era bom porque enquanto o mais baixo
sofrimento se desenrolava também se existia — como um rio
a parte.

E também se podia esperar o instante que vinha... que
vinha... e de súbito se precipitava em presente e de repente se
dissolvia... e outro que vinha... que vinha...


Clarice Lispector
Excerto do livro 'Perto do coração Selvagem',pag 57
'Alegrias de Joana'

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