trigais a abrir-se vagos e sem vista:
sabe-se que das tempestades próximas
uma desnucará nosso exausto verão.
As vagens da giesta rangem. De repente
avultam ante nós o distante e o lendário:
o que hoje imaginamos ter na mão
perde-se, e cada flor, misteriosamente.
Na alma assustada cresce um tímido desejo:
de não prender-se à vida em demasia,
de aceitar como as árvores o emurchecer,
de não deixar que o seu outono faltem cores e alegria.
Hermann Hesse
Um comentário:
Que lida poeia! Dá vontade de visualizar! Ver esse outono pasando em nossas vidas, muitas vezes dói, mas não podemos nem devemos deixar que morra tudo. Até porque após o outono vem a primavera e a vida renasce novamente, né? Bjs
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