Na treva, desenhamos o esboço da luz
para que nossa criação nos ilumine
Na treva, tateamos a voz mais próxima
que ecoa o calor de um corpo
que aquecerá
a multidão de nossas solidões entrelaçadas
Abrimos os olhos
e enxergamos com nitidez
a escura salvação que nos cega
Fechamos os olhos novamente
a fim de nos libertar
da cegueira que nos conduz
e tocamos nossa nudez desamparada
invisível a olhos sempre vestidos
por uma sempre clara ilusão.
Adrilles Jorge.
[Poeta belo-horizontino]
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